A nossa série de reportagens especiais sobre a Itália chega hoje às ilhas de Veneza e Murano. Eu fiz um passeio de bate e volta, a partir de Milão, mas as duas cidades são tão charmosas que vale investir uma noite por lá.
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No roteiro, eu saí de Milão pela estação de trem, que foi direto para Veneza. A chegada, por sinal, é um daqueles momentos para quem gosta de admirar paisagens – você segue ao lado da rodovia que está cercada por água. É realmente tão lindo, que, confesso, nem me lembrei de tirar fotos!
Ao chegar na estação, decidi começar o passeio por Murano. Para isso, eu peguei um Vaporetto, uma espécie de ônibus sobre a água. É bem fácil e a minha dica, caso queira seguir esse roteiro, é comprar de uma vez dois tickets: um para a ida e outro para a volta. Explico: é que não são todas as estações com bilheteria. Com o ticket na mão, você fica livre para pegar o Vaporetto em qualquer ponto.
No meu caso, eu precisava de duas viagens de Vaporetto. Cada ticket pode ser usado por 75 minutos, depois de validado, e custa 7,50 euros. Há o ticket de 24 horas, que custa 20 euros. Então, eu preferi comprar dois tickets e paguei 15 euros. Se você pretende pegar um terceiro Vaporetto no mesmo dia, já vale a pena comprar o bilhete de 24 horas. Na dúvida, veja o guia feito pela ACTV, a empresa de transporte de Veneza.
É importante validar sempre os tickets na Itália! Não é nada demais. Só encostar o bilhete nas máquinas. Você vai ver como é fácil.
Continuando nosso passeio, desci na estação Murano Colonna e comecei a andar pelas calçadas largas que marcam a ilha de Murano. Para quem não sabe, Murano é a ilha onde o vidro artesanal se tornou famoso em todo o mundo. São muitos mestres vidreiros que fazem essa arte, passada de geração em geração.
Logo nos primeiros quarteirões você chega ao Farol de Murano, um dos pontos turísticos da ilha. Além disso é um dos pontos que podem ser vistos à distância, de Veneza, por exemplo.
Por toda a ilha há peças lindas e coloridas feitas de vidro. Perto da Igreja de St. Pietro Martire há uma árvore toda feita de vidro. Tem ainda uma santa toda esculpida em vidro. Os preços nas lojas também variam muito, mas é um bom lugar para comprar lembrancinhas. Você também pode visitar as fábricas que fazem o vidro artesanal. É só escolher, pagar a taxa de visitação e curtir o passeio. Eu achei muito parecido com o que eu já tinha visto em Poços de Caldas e Blumenau e preferi curtir a cidade.
De Murano, para Veneza, se você está seguindo meu roteiro, é hora de almoçar! Peguei o Vaporetto da Linha 4.2 e desci na estação Fondamente Nove. Em Veneza você já percebe que os quarteirões são menores, as ruas são mais estreitas e as construções mais antigas (ou menos conservadas). Mesmo assim é um charme circular por essas ruas, meio que sem rumo. Como dizem TODOS os bons guias de viagem, “se perder pelas ruas e vielas de Veneza” é uma experiência altamente recomendada para os turistas.
Numa dessas esquinas eu acabei me deparando com um restaurante charmoso. Sabe quando bate, a sua vontade de almoçar com a energia do lugar? Parei, entrei, escolhi meu prato e fui muito feliz! Escolhi uma massa à carbonara, bem italiana.
Não sei se é um restaurante famoso ou mal recomendado pelos moradores da ilha. Eu sei que curti bastante, fui bem atendido e adorei a comida. Então, se você quiser passar por lá, anote aí: Restaurante Antico Gatoleto, na Calle Larga Widmann, 6055.
Depois de andar muito pelas vielas de Veneza, siga as placas para a Praça São Marcos. É lá que fica a Basílica de São Marcos, o Palácio Ducal e uma vista incrível, numa grande praça aberta. Sério, é lindo demais.
A visita ao Palácio Ducal custa 25 euros. É caro para os padrões de Veneza, mas por dentro há uma coleção incrível de armaduras e os próprios salões são extremamente decorados. Os ingressos podem ser comprados pela internet, no link direto do Palácio.
Por último, antes de voltar para a estação, passei pela Ponte de Rialto, uma das pontes mais antigas do Grande Canal de Veneza. São 22 metros de largura, em uma construção originada em 1181. Essa construção atual foi criada entre 1588 e 1591. No fim da tarde, o sol bate desse jeito e fica lindo pra tirar fotos!
Duas dicas antes de encerrar: primeiro, uma dica que já falei na primeira reportagem dessa série: A Itália é um país muito procurado pelo turismo, por isso, pesquisa com antecedência, se organize, e faça as reservas antes de viajar. Dessa forma você garante a entrada em todos os lugares que deseja conhecer.
A segunda dica é sobre os trens na Itália. Há duas companhias: a Trenitalia e a Italo Treno. Os trens da Italo são mais novos, rápidos e muito confortáveis. Como comprei com antecedência, paguei bons preços por poltronas em classe superior, com espaço, lugar marcado e muito conforto. Os trens da Trenitália já são mais antigos, com exceção dos trens de alta velocidade (os trens Freccia!), que são tão bons quanto os da Italo.
Quando eu fiz as reservas, eu optei pela Italo sempre que dava. No caso de algumas cidades, apenas a Trenitalia fazia o trajeto. Então qual companhia de trem escolher na Itália? Eu não me arrependi. Os passeios no Italo Treno foram os trens mais confortáveis que peguei por lá e é a minha recomendação.
Ah, economize e reserve diretamente nos sites das companhias de trem, sem pagar taxas ou valores mais caros. Tem muito site que vende os ingressos por aqui, mas que cobram uma porcentagem pela venda. É bem simples, só imprimir e mostrar na hora de embarcar.
Onde se hospedar?
A ilhas de Veneza e Murano são praticamente dedicadas ao turismo. São muitas as opções de hotel, pousadas. Eu não me hospedei em nenhum local quando estive por lá, mas graças à nossa parceria com o Booking.com, você pode pesquisar um hotel agora mesmo!
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O que beber?
Como vocês viram, eu comi uma boa massa à carbonara, que é um molho bem salgado, feito a partir de ovo, queijo pecorino e bacon. É um dos meu preferidos!
E claro que tem cerveja para harmonizar. Por ser um prato salgado e ter um creme mais gorduroso, à base de ovos, o macarrão pede uma cerveja que tenha sabor marcante, sem muito lúpulo, e um pouco mais de álcool, para limpar a boca a cada garfada.
Para isso tenho duas sugestões: uma cerveja do estilo Scotch Ale, que é uma cerveja avermelhada, bem maltada, levemente adocicada com índice de álcool, perto aí dos 7%. O outro estilo é uma Weizenbock. Pode ser a clara ou a escura, mas eu acho a clara mais refrescante. A cerveja feita com trigo, é leve e, na minha opinião, é a melhor combinação para o sabor do creme do macarrão.