Neste mês de abril, comecei a escrever sobre a viagem que fiz ao Amazonas. Se você perdeu a primeira reportagem dessa série, pare agora, clique aqui, e veja desde o início!
É que eu já falei sobre Manaus e as atrações que a capital do Amazonas oferece, além de trazer as dicas de três cervejarias que eu provei por lá.
Hoje, na segunda parte do nosso passeio, vou falar de Presidente Figueiredo, uma cidade que fica perto de Manaus e que tem grutas e cachoeiras incríveis. E na última reportagem, prevista para as próximas semanas, eu falo do Cruzeiro pelo Rio Negro – um passeio de 5 dias em que você se desliga do sinal de celular e se conecta com a floresta bem de pertinho!
Presidente Figueiredo
Vamos começar localizando a cidade de Presidente Figueiredo. Não fica longe, são cerca de 120 km do centro histórico de Manaus. Dá para alugar um carro e seguir para a região, mas eu recomendo bastante contratar um passeio de uma agência séria e seguir com eles (eu separei algumas dicas no fim desta reportagem!). Você passa o dia todo fora, anda pelas trilhas e é muito mais divertido ouvir as histórias da floresta e das cachoeiras.
No passeio que eu fiz, a agência me buscou no hotel, de manhã, e me levou até o grupo que ia seguir viagem naquele dia. Eles fazem isso para facilitar o deslocamento e evitar o “cata-jeca” de ficar parando a van de hotel em hotel. Assim todo mundo chega praticamente junto no ponto de saída.
De lá seguimos pela estrada, bem movimentada (era um sábado mas tinha bastante caminhão e trânsito) para a nossa primeira parada: a Caverna do Maroaga e a Gruta da Judeia!
Chegando ao local do primeiro tour, os guias de Presidente Figueiredo assumem a partir dali, enquanto o nosso guia ficava esperando na van. É que, por uma lei municipal, apenas os guias da cidade podem fazer os passeios. Eu achei uma ideia super legal pois valoriza o trabalho de quem vive na cidade.
Nossos guias se separaram, um à frente e outro atrás do grupo, e seguimos pela trilha. A floresta ali naquela região não era tão abafada quanto na minha visita do Museu da Amazônia, em Manaus. Mas ainda estava bastante quente.
Este trajeto das grutas envolve bastante caminhada e alguns morros. Não é nada muito difícil, eu sou bem mole para essas coisas e tirei de letra. Mas se você tem mobilidade reduzida, é bom avaliar antes com a agência.
À medida que vamos descendo, dá para ouvir o barulho da água, ao longe. E esse som vai se aproximando, indicando que a primeira cachoeira está perto!
Confesso que é algo inexplicável. Mas vou tentar descrever o que senti quando vi aquele fio de água caindo lá do alto, em cima de uma pedra. Na hora já tirei o sapato de caminhada (fui com uma bota mais reforçada porque tenho o tornozelo “frouxo”) e coloquei o pé na água. A energia daquele lugar toma conta da gente. Olhei para cima, agradeci por ter chegado até aquele ponto da floresta sem qualquer dificuldade e problema, segui em direção à pedra e deixei a água cair.
A sensação é de limpeza, a água levou tudo que tinha de ruim e fez aquele “reset” no passeio, além de ajudar a refrescar do calor.
Em seguida, fomos para dentro da gruta de onde você consegue fotos lindas, contra-luz, como essa abaixo (que o guia tirou e me ajudou com as poses! Eles são craques – e uma ajuda e tanto para quem viaja sozinho!)
A ideia agora era caminhar até a outra gruta, em linha reta por um mini riacho de água muito clara e rasa. Dava para ver a areia. Eu fui gravando e fiz o vídeo abaixo, que compartilho com você, no nosso canal do Youtube: https://youtube.com/shorts/KWef-yBcap8?feature=share
A segunda gruta é mais funda, tem mais água e alguns salões com morcegos, como já era esperado. Ali ficamos por uns 20 minutos antes de voltarmos para a entrada, numa subida bem tranquila.
Todo mundo suadíssimo, já é quase hora do almoço e nossa van já estava nos esperando com o ar condicionado ligado, para nos levar para o restaurante. Depois do almoço, seguimos para uma cachoeira particular, onde há cobrança de entrada (incluída no passeio). Passamos a tarde toda por lá, cerca de 3 horas, nadando, curtindo a água bem fresquinha e as belezas da região.
Segundo a guia, neste local foram gravadas cenas do filme Avatar 2, que ainda não tem previsão de estreia nos cinemas.
Com o fim da tarde se aproximando, é hora de voltar para Manaus. Todo mundo bem cansado, mas muito feliz por ter experimentado um contato bem próximo com a natureza.
Agências
O principal cuidado que você deve ter na hora de escolher uma agência de turismo é separar qual faz um trabalho sério, preocupado com o meio ambiente e a sustentabilidade da região, e quais são criminosas, oferecendo fotos com jacarés com a boca presa com silver tape, por exemplo.
Ao escolher esse tipo de agência, você também está cometendo um crime, por isso é importante que você ajude a denunciar para o Ibama as ruins. E aqui, vou aproveitar o espaço para dizer as agências que me atenderam nestes dias todos de passeios no Amazonas.
Já adianto que não é publicidade, paguei por todos os passeios. Mas acho importante trazer uma referência para quem está buscando se divertir, com muita responsabilidade.
A agência que eu mais curti nesse passeio todo foi a Amazon Eco Adventure. Eles fazem passeios por Manaus e para Presidente Figueiredo e o diferencial é que não são lotados – o foco aqui é atender bem poucas pessoas de cada vez. Esse é o site deles: https://www.amazonecoadventures.com/
Outra agência que foi bem legal é a Iguana Turismo. Eles têm também um serviço de hospedagem (que eu não conheci) e oferecem vários tipos de passeios e pacotes. https://www.amazonbrasil.com.br/index.html
Por último, uma agência grande, tradicional e muito séria, que você também pode procurar por atendimento é a Amazon Explorers. Desde 1965 eles atuam no turismo da região e criaram soluções para todo tipo de público. Para grandes famílias e grupos, eu acho muito importante escolher alguma empresa que esteja acostumada com esse ritmo para não dar nada errado! https://amazonexplorers.tur.br/