Finalmente, a última parte da viagem pelo Amazonas está aqui no site. Depois de conhecer a capital, Manaus, e de embarcar pelas aventuras das grutas e das cachoeiras de Presidente Figueiredo, chegou a última parte dessa viagem incrível pelo nosso Brasil.
Se você ainda não leu as outras reportagens – incluindo as dicas de três cervejarias incríveis que eu conheci por lá, clique aqui, e confira!
Rio Negro
O Rio Negro, juntamente com o Rio Solimões, fazem parte da capital, Manaus. Eles formam um dos momentos mais bonitos dessa viagem, que é o Encontro das Águas – o momento em que os dois rios se juntam mas não se misturam, já que cada um tem características diferentes.
Enquanto o Rio Negro é composto de muitas folhas no leito (que dá essa coloração mais escura), o Rio Solimões é mais barrento, tem PH mais controlado e temperatura que permite a criação de peixes de diferentes espécies.
O Rio Negro tem PH ácido, o que ajuda com os mosquitos na região (quase não tem nada!), mas também causa impacto na fauna. Não são muitos os peixes que se adaptam por ali, por isso não é um rio muito usado para a pesca.
O navio
Escolhi fazer o cruzeiro pelo Rio Negro porque queria me desconectar. Durante 5 dias embarquei numa viagem para dentro da Amazônia, em locais completamente sem sinal de celular, conhecendo as ilhas, a fauna, visitando tribos indígenas e conhecendo o maravilhoso boto cor-de-rosa.
Quem faz esse trajeto é a Iberostar. O navio não é muito grande mas tem quartos que possuem bom tamanho e varanda em todos os andares. São 5 andares – na parte de baixo está o restaurante, onde tomamos o café da manhã e fazemos as refeições principais. No térreo há o salão de eventos e alguns quartos. Acima estão dois andares de quartos. E no último, está a piscina e a área aberta, com bar e espaço para lanches.
O navio é bem distribuído e a equipe é muito bem preparada para os passeios. São dois: Na sexta-feira a embarcação sai em direção ao Rio Solimões, onde passa o fim de semana e retorna para o porto de Manaus na segunda-feira de manhã. À tarde, começa o embarque de quem vai viajar pelo Rio Negro – que vai até sexta-feira. Essa foi a viagem que eu escolhi. Mas você pode fazer os dois passeios e se manter no navio pelos sete dias.
Nos quartos o frigobar era liberado. Tinha cerveja Skol liberada e as latinhas eram repostas todos os dias. No restaurante e no bar, você tinha a opção do chope Stella Artois. Além de muitos drinks, como o Gin Tropical, que leva bastante fruta.
O que eu mais gostei de conhecer o Rio Negro desta forma é que você não fica muito cansado. Como os passeios são realizados todos os dias, você faz pouca coisa em cada saída do navio. Seja no passeio de lancha, seja nas caminhadas pelas ilhas, em vez de fazer tudo correndo em um só dia, como são oferecidos nos passeios que saem de Manaus, você conhece as mesmas atrações, mas sem aquela correria turística.
Um dos passeios mais esperados era o do boto cor-de-rosa. É realmente muito lindo ver tão de perto esse mamífero que vem se alimentar em áreas abertas no rio. Ele não fica preso e isso é muito legal pois mostra que ele só aparece porque realmente recebe muito carinho dos funcionários do ponto de alimentação.
Outro momento bem legal é na tranquilidade e no silêncio que você vivencia no rio à noite. O navio anda bem devagar e você não sente balanço ou enjoo por causa da viagem. À noite, dá para ver as estrelas e o silêncio é algo muito bacana de vivenciar.
A comida é um show à parte. Principalmente no almoço e no jantar, é uma boa oportunidade para conhecer peixes variados da Amazônia. Como o sistema é o buffet self-service, você pode provar um pouco de cada peixe no prato e assim descobrir os seus preferidos. Eu, que já gostava do Tambaqui, voltei ainda mais apaixonado. É certamente meu prato favorito. Mas a cozinha também oferece todos os dias outros tipos de carne. É uma comida muito bem servida, bem temperada e com muitas opções.
No último dia, o navio já está de volta a Manaus, de onde saiu, e você pode conferir bem de perto o encontro das águas, que eu citei no início dessa reportagem. É uma experiência muito sensacional, daquelas que só se vive uma vez. A linha que separa os dois rios é bem nítida e, quando vista do alto do navio, dá pra ter bem a ideia da grandiosidade da natureza.
Um espetáculo que merece muito ser vivido pessoalmente!