Um filme bem crítico e atual, indicado do Chile ao Oscar, está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil. A história se passa em dois momentos: há quarenta anos, quando o Chile passou a enfrentar uma ditadura, e agora, onde vemos as consequências daquele período para três pessoas que viveram um triângulo amoroso na juventude. A história, baseada em fatos reais, é um dos destaques da coluna de cinema desta semana do Cerveja & Gastronomia.
Claro que vai ter dica de cerveja para acompanhar esse filme. E também são lançamentos: duas cervejas bem fortes e intensas, com bastante teor alcoólico. Confira na coluna desta sexta-feira!
Aranha é um filme coproduzido entre Brasil e Argentina que trata de uma parte da história marcante do Chile. A história se passa na década de 1970, quando um violento grupo nacionalista pretendia derrubar o governo de Salvador Allende. É nesse período que conhecemos Justo e Gerardo, os personagens desssa história que se envolvem em um triângulo amoroso. Claro que tem muita confusão e um crime político acaba separando os dois por mais de quarenta anos. Disposto a se vingar, Gerardo surge décadas depois, e aí a narrativa se desenvolve.
O filme mostra, de uma forma bem crítica, a diferença de vida de quem apoiou a ditadura. Com a diferença de tempo é possível perceber a boa vida daqueles que trouxeram a tensão para o país latino americano e que agora vivem em uma excelente situação financeira.
Este filme representou o Chile no Oscar, no ano passado, e foi indicado ao prêmio Goya como Melhor Filme Ibero-americano. A história é baseada em fatos reais, inspirada na luta do grupo Patria Y Libertad, grupo da extrema direita responsável por vários atos terroristas entre 1970 e 1973.
No elenco brasileiro temos o ator Caio Blat, que faz praticamente uma participação no filme. O nome Aranha vem do símbolo usado por esse grupo terrorista. Aliás, os detalhes das cenas impressionam bastante pela viagem que nos levam a fazer até a década de 1970! Veja o trailer:
O que beber?
Hoje vamos falar de dois lançamentos da Cervejaria Demonho, de Santos, no litoral de São Paulo. Eles criaram duas cervejas do estilo Russian Imperial Stout, bem complementares. As duas possuem características comuns ao estilo como corpo aveludado, espuma escura e persistente, amargor marcante e aroma de café e chocolate.
No caso da Demonho Quer Chocolate, há ainda a adição de nibs de cacau da Amazônia, o que faz com que a cerveja apresente noras de tâmara no aroma, além das clássicas café, chocolate e frutas secas. O teor alcoólico dessa cerveja é de 11%, com 60 de IBU, o índice que mede o amargor.
Já o segundo lançamento, “Saudade de uma Ris Sem Frescura, né, minha filha?” é uma RIS clássica. Nela não há nenhuma adição ou adjuntos. É a receita como ela foi criada, com bastante potência de aromas e na boca. Ela tem a mesma porcentagem de teor alcoólico mas é um pouco mais amarga – tem 65 de IBU.
Os dois lançamentos estão disponíveis em chope e em lata de 473 ml.
Eu adoro esse tipo de cerveja para acompanhar sobremesas como Brownies, mas também harmonizam bem com carnes de panela bem desfiadas, para acompanhar um pãozinho com gorgonzola!
Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.