Um bom filme de ação, na minha opinião, precisa de boas cenas “de tirar o fôlego”, um pouco de ironia e um toque de bom humor. Isso aliado a um roteiro que tenha um mistério a ser resolvido é, certamente, um bom critério para diferenciar filmes de ação com outros que são apenas sequências de lutas, com poucas cenas de texto. A sequência de Kingsman, a agência secreta de espionagem britânica, certamente, está na categoria dos bons filmes de ação. Kingsman: O Círculo Dourado, que entra no catálogo do Telecine a partir deste sábado, dia 21/07, é o filme da coluna Cinema no Cerveja e Gastronomia de hoje.
Enquanto no primeiro filme, lançado em 2014, nós acompanhamos o processo de seleção de novos investigadores para a agência secreta, nesta continuação, nós conhecemos a versão americana da Kingsman: a agência Statesman (o nome é uma piada que já reflete bem o humor britânico que vai acompanhar o filme todo). A sensação de descoberta dos gadgets do primeiro filme – que são super atraentes, como em qualquer filme do estilo – aparecem, no segundo filme, com menos deslumbre, o que é ótimo para o roteiro, que passa a focar mais na história.
Os atores do primeiro filme retornam nesta continuação dividindo cena com atores conhecidos de Hollywood, como Halle Berry, Channing Tatum e Julianne Moore. Ela é que faz o papel da vilã deste filme e, se há algo que me desagrade na história, é a forma “fofa” com que a atriz sempre se expressa, seja na comédia ou no drama. Assim, apesar de esperar cenas bem-humoradas, às vezes, o tom fica mais próximo de Austin Powers do que de uma crítica bem-humorada aos filmes tipo 007. Mas certamente isso não tira o charme do filme.
Há ainda a participação mais que especial do cantor Elton John, pra deixar tudo ainda mais britânico! E tem uma dica, para você, no site do Telecine: além de ver o filme, você pode assistir aos extras, como entrevistas do elenco, making of e muito mais. Super legal para quem é fã da história, originada dos quadrinhos.
Veja aqui o trailer oficial:
O que beber?
Um filme de ação sobre uma agência britânica merece uma cerveja da escola britânica. A dica de hoje é a Fuller’s ESB. O estilo dessa cerveja é o Extra Special Bitter. É uma das minhas preferidas, principalmente pelo equilíbrio entre malte e amargor e é uma opção para quem não abre mão de uma cerveja amarga mas que não quer toda a explosão dos lúpulos de uma India Pale Ale.
A ESB, produzida pela Fuller’s, foi lançada em 1971. Na época, eles queriam uma cerveja um pouco mais forte do que as Pale Ales, e que tivesse um sabor mais marcante, sem perder o equilíbrio – tão característico das cervejas inglesas. Foi assim que surgiu o Extra Special Bitter. Com 5,5% de álcool, a cerveja já foi premiada duas vezes como a melhor cerveja do mundo e acabou se transformando em estilo.
Para harmonizar, a sugestão é de um prato tipicamente brasileiro: filé com fritas! O amargor ajuda a cortar a gordura da carne e da fritura da batata enquanto o malte acompanha o sabor da batata, pelo adocicado do amido. É uma delícia!
Eu gosto ainda dessa cerveja com hambúrgueres que não tenham muitos molhos. O clássico cheeseburguer, por exemplo, harmoniza muito bem.
Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.
