O filme de hoje da coluna de cinema do site Cerveja e Gastronomia é, até agora, um dos meus filmes preferidos deste ano. Está com certeza no meu Top 5. E a razão é bem simples: o roteiro é muito bem escrito, o formato é diferente e é um bom uso das diversas câmeras que nos cercam todos os dias.
Veja agora a crítica do filme “Buscando…”, em cartaz nos cinemas e distribuído pela Sony Pictures, e a dica de cerveja de hoje!
A foto que abre esse post já dá uma ideia de como o filme é feito. É uma cena em que o protagonista usa o computador da filha desaparecida para tentar localizá-la. Tudo é mostrado pra gente por câmeras como as do computador. Os diálogos são em sua maioria virtuais. E o filme foi totalmente localizado para o Brasil – o que considerei um ponto muito positivo. As telas do computador trazem todos os textos traduzidos para o português, como se o computador, o celular, e até os sites de notícia que aparecem na tela fossem brasileiros.
“Buscando…” é um filme de suspense policial. Há um crime – o sumiço da filha do personagem principal – que desencadeia todas as ações que a gente acompanha na história. As reviravoltas fazem parte deste roteiro que é brilhantemente escrito pelo americano Aneesh Chaganty, nascido nos Estados Unidos e descendente de indianos.
Aneesh aliás, é conhecido pelo trabalho com filmes curtos publicitários. Este é o primeiro longa, que tem sido muito bem recebido pela crítica. O filme foi um dos selecionados em Sundance neste ano. Antes, Aneesh dirigiu um curta para o Google Glass (veja abaixo o vídeo).
Outro destaque no filme é a atuação de Debra Messing. Conhecida pela personagem cômica da série Will & Grace, Debra conquistou uma oportunidade de mostrar que também sabe fazer MUITO bem um papel dramático. No filme ela é a policial que investiga o desaparecimento da adolescente. E as cenas em que ela aparece são realmente bem fortes.
Com tanta tecnologia, o filme também faz pensar em como nós somos vigiados por câmeras o tempo todo. Os rastros digitais que nós deixamos servem ao mesmo tempo como registros de uma vida e como ausência de liberdade. Saí da sala de cinema pensando muito sobre isso. Ao mesmo tempo que gosto das facilidades da vida digital, às vezes sinto falta daquelas conversas boas de botecos, em que a gente ficava horas falando entre si e não com aparelhos e mensagens de redes sociais.
Se ficou curioso, veja um pouco mais sobre esta história no trailer abaixo:
O que beber?
Já que este é um dos meus filmes preferidos deste ano, acho justo também indicar aqui uma das minhas cervejas preferidas.
Na minha lista de melhores cervejas, a Sorachi Ace, produzida pela Brooklyn Brewery. Esta Farmhouse Ale tem 7.2% de álcool e é uma cerveja muito leve. Na boca chega a dar a impressão de ser levemente “champanhada” e o aroma é fantástico.
Esse cheiro, que é muito característico dessa cerveja, se deve muito ao lúpulo Sorachi, usado na receita. É um lúpulo originalmente Japonês, produzido na região de Hokkaido, que foi replicado em Washington, nos Estados Unidos. É essa leva que é usada pela Brooklyn na fabricação da cerveja.
Para harmonizar, a Sorachi Ace vai muito bem com comida indiana, que leve curry na receita. Os cítricos do lúpulo harmonizam muito bem com o tempero indiano.
Outro prato que vai muito bem com a Sorachi é o camarão grelhado. Aquele camarão de praia mesmo, fritinho, bem gostoso. A cerveja tem um perfil bem carbonatado que ajuda a limpar a boca da gordura da fritura.
Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.