“A Pé Ele Não Vai Longe” é a história do polêmico cartunista John Callahan, que ficou famoso nos anos de 1970 por escrever charges sarcásticas, cheias de frases e imagens irônicas e politicamente incorretas. O novo filme do também famoso e polêmico diretor Gus Van Sant estreou nos cinemas nesta semana, com distribuição da Diamond Films Brasil. Este é o assunto da coluna de cinema desta semana do site Cerveja e & Gastronomia.
John Callahan vivia a vida de bar em bar, de festa em festa. A bebida para ele não era um “charme” na noite. Era A noite. Numa época em que não se percebia com clareza os limites e os vícios, John era alcóolatra e estava sempre bêbado.
Numa noite ele conheceu um colega, interpretado pelo ator Jack Black, que, ao misturar bebida e direção, levou os dois a um acidente de carro. A partir daí, a vida de John, interpretado por Joaquin Phoenix, mudou para sempre. Ele ficou confinado a uma cadeira de rodas apenas com o uso parcial dos braços – sem o movimento das mãos.
É nesta época que ele descobriu um talento para o desenho e passou a fazer cartoons cheios de ironia e piadas de duplo sentido, relacionadas à preconceitos e minorias. É de um destes cartoons que vem o título do filme, inclusive.
Tudo isso aconteceu enquanto ele tentava ficar sóbrio, com a ajuda dos Alcoólicos Anônimos. É aí que ele conheceu Donnie (Jonah Hill), um gay hippie muito rico que resolveu abrir sua casa para um grupo seleto de pessoas que também buscavam a sobriedade.
Aliás, este grupo é o que rende os melhores diálogos e os momentos mais divertidos do filme. As histórias são ótimas e ajudam a trazer para o personagem principal um pouco de realidade.
Jonah Hill, no papel coadjuvante de Donnie rouba todas as cenas. Ainda mais que estamos acostumados a vê-lo em comédias escrachadas. Um trabalho belíssimo que poderia render a ele alguma indicação nas premiações.
A ideia de fazer um filme sobre o cartunista faz parte da vida de Gus Van Sant há mais de 20 anos. Ele recebeu essa história das mãos do ator Robin Williams, que tinha os direitos do livro autobiográfico de John Callahan. O ator morreu em 2014 mas o diretor resolveu levar o projeto adiante com a ajuda de Joaquin Phoenix. E o resultado é o filme que vemos hoje nos cinemas.
Ficou curioso? Veja o trailer e curta o filme nos cinemas:
O que beber?
O filme trata de um assunto importante: o alcoolismo. É importante reconhecer quando você bebe sem limites ou quando a bebida é o principal objetivo da sua vida. Existe ajuda e você nunca estará sozinho. No site dos Alcoólicos Anônimos você pode encontrar uma lista por estado, com todas as reuniões em várias cidades brasileiras. Acesse e divulgue: http://www.aa.org.br/
Dito isso, nossa sugestão hoje é de uma cerveja sem álcool. Sabemos que muitas pessoas vão comemorar o ano novo juntas e é preciso definir um motorista para levar todo mundo. Se esse motorista não quiser ficar sem o sabor da cerveja mas também não quiser consumir álcool, uma boa escolha é a Erdinger Alkoholfrei.
A cerveja é feita de trigo, do estilo Weiss, e é muito saborosa. Quando conheci essa cerveja foi em um teste cego, em que você não sabe o que está bebendo. Juro que não percebi a falta de álcool no sabor. É bem impressionante como ela continua com o sabor de uma boa cerveja de trigo sem os efeitos do álcool.
A harmonização com cervejas do estilo Weiss vai muito bem com o nosso clima quente e com comidas leves de praia, como camarão frito, casquinha de siri, peixes e sushis em geral. Neste post tem várias dicas para harmonizar com cervejas de trigo.
Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.