Uma das primeiras séries de TV que eu segui era Alias, entre 2001 e 2006. Era uma história de ação muito louca, que tinha como protagonista a excelente Jennifer Garner. Ela se saiu tão bem no papel de agente dupla da CIA, que eu sempre fiquei pensando “por que ela nunca mais fez filmes de ação?”.
Pois em A Justiceira, lançamento da Diamond Films que estreou nesta semana nos cinemas, ela está de volta ao estilo. E que retorno! Essa é a dica de hoje da coluna de cinema do site Cerveja e Gastronomia!
A Justiceira é uma daquelas histórias em que você torce pelo crime. Parece incoerente mas é o que garante o sentimento de justiça durante todo o filme. A história começa quando vemos a família de Riley North, interpretada pela atriz Jennifer Garner, comemorando em um parque de diversões o aniversário de 10 anos da filha. Só que um terrível tiroteio acontece e apenas Riley sobrevive.
E isso nem é spoiler!
Você pensa que acabou? Não!!!! Agora é que o filme começa. Ela retorna, no aniversário de 5 anos de morte da filha e do marido e começa a fazer sua própria vingança.
Tudo isso que eu contei está no trailer e você deve estar se perguntando se sobra algo para o filme. Esse é um dos pontos positivos: o roteiro. A história do filme começa já no tempo presente e, desde o flashback, acrescenta logo um mistério – quem é o policial corrupto? Isso dá um novo gás para acompanharmos a história que surge em seguida.
Outro destaque está nas cenas de ação. Tudo foi muito bem filmado e parece natural, sem exageros, comuns aos filmes deste gênero. Uma opção do diretor, Pierre Morel, e um desafio também para Jennifer Garner, que estava há 11 anos sem fazer sequências deste tipo. Além de um intenso programa de treinamento e de danças coreografadas (para as sequências de ação), ela também passou um tempo com os agentes especiais da Marinha, aprendendo a mexer com armas. Mas diferentemente das cenas que ela fazia quando vivia a agente Sydney Bristow, em Alias, agora ela é mãe na vida real e conseguiu unir, no filme, o sentimento de proteção da família com a força necessária para a vingança.
E para fechar, vai aqui uma curiosidade: o filme se passa em Los Angeles e foi filmado em uma rua verdadeira da cidade norte-americana. A rua da sequência final, onde vivem os mendigos, existe e fica próxima da verdadeira Skid Row, conhecida pelo grande número de moradores sem teto. Antes de gravar no local, tudo foi limpo, sanitizado e tratado com produtos químicos, mas nem todo esse aparato impediu o aparecimento de um figurante nada querido. Jennifer Garner contou que, entre uma queda e outra, durante as gravações na rua, ela deu de cara com dois ratinhos mortos, perto do monitor de retorno.
Definitivamente, se você é como eu, um fã de Alias, vai curtir muito o filme A Justiceira.
O que beber?
A cerveja que eu indico hoje é a Coconut Littlefield, da Cervejaria Octopus. É uma Juicy Ipa, ou seja, uma India Pale Ale com mais lúpulos e bem turva, o que gera um amargor marcante.
Essa cerveja tem 6,6% de álcool e ainda assim é refrescante. Muito talvez, em função do uso de lúpulos mais cítricos e da adição de coco na receita. Eu conheci essa cerveja durante o Festival Internacional de Cerveja e Cultura e foi uma experiência bem bacana.
Além do sabor, outro ponto que chama a atenção nas cervejas produzidas pela Octopus é o rótulo. Eles investem bem em latas coloridas e chamativas, que são um charme à parte.
As cervejas do estilo Juicy Ipa costumam acompanhar bem a harmonização com India Pale Ale, porém, elas suportam uma carne mais gordurosa, pelo perfil cítrico dos lúpulos usados. Então, essa cerveja, com um belo de um pão de queijo recheado de pernil desfiado fica perfeito! Um bom joelho de porco, bem fritinho, também acompanha bem essa cerveja.
Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.