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Vista da Abadia de Achel, na Bélgica - Foto: Wikimedia Commons
Mercado

Cervejaria Achel, na Bélgica, perde o título de Trapista

Olha que notícia triste para os amantes das cervejas belgas. A cervejaria Achel não pode mais ser considerada uma cerveja trapista e perdeu, neste ano, o selo de autenticidade que garantia a produção de um produto trapista autêntico.

O que aconteceu por lá é que os monges que viviam no mosteiro de Achel se mudaram e não foram substituídos. Os últimos dois monges da Achel estão agora na Abadia de Westmalle, que também produz cervejas certificadas.

Mas o que isso significa? Eu explico! A Associação Trapista Internacional decidiu, desde 1998, que para ser chamada de trapista, a cerveja precisa ser produzida nas instalações de um mosteiro, dirigido por monges. Além disso, tudo que for produzido precisa ser apenas para o sustento do mosteiro, incluindo o trabalho pastoral dos monges.

Vista da Abadia de Achel, na Bélgica - Foto: Wikimedia Commons
Vista da Abadia de Achel, na Bélgica – Foto: Wikimedia Commons

A Cervejaria Achel começou em 1648 quando os monges holandeses construíram uma capela na cidade de Achel, na Bélgica. A capela só virou uma abadia em 1686 mas acabou destruída na época da Revolução Francesa. Em 1844 as ruínas foram reconstruídas e, alguns anos depois (mais precisamente em 1852), foi produzida a primeira cerveja. A produção de cervejas se tornou constante 19 anos depois, quando se transformou em um mosteiro trapista.

Até o início desse ano havia 15 cervejarias trapistas comandadas por monges na Europa. 5 delas ficavam na Bélgica. Agora a Achel não pode mais ser considerada uma cerveja trapista e perde o selo que identifica as cervejas produzidas sob essas regras. Os dados são da Associação Trapista Internacional, que regulamentas o uso do selo ATP, concedido também a locais comandados por freiras, como dá pra ver no mapa disponível no site.

Segundo um informativo que está no site oficial (https://www.achelsekluis.org), a produção de cerveja vai continuar a ser feita sob a supervisão dos monges que se mudaram para Westmalle. Mas eles confirmaram que perderão mesmo o selo de cerveja trapista. A expectativa é manter a produção anual de 500.000 litros de cerveja em três estilos (Blond, Bruin e Extra – cada uma com versões de 5% ou 8% de álcool). Os lucros são revertidos em ações sociais em várias partes do mundo. Inclusive o Brasil tem instituições beneficiadas.

Cervejas produzidas pela Achel, na Bélgica, não podem mais ser consideradas trapistas - Foto: Wikimedia Commons
Cervejas produzidas pela Achel, na Bélgica, não podem mais ser consideradas trapistas – Foto: Wikimedia Commons

Vale reforçar que cerveja trapista não é um estilo de cerveja, mas uma forma de identificar a origem da produção de uma série de bebidas. Algumas cervejas são produzidas apenas para o consumo dos monges e não são comercializadas.

E você tem uma cerveja trapista preferida? Eu gosto das clássicas Orval e Chimay. E você? Comente aqui e conte quais são as cervejas que você mais gosta!

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