Foi realizada hoje, dia 30 de outubro, a primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cerveja. O grupo faz parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e tem o objetivo de debater e discutir medidas que possam atender às demandas do setor, além de fomentar a produção nacional de cervejas.
A previsão é que haja ainda ações para permitir o acesso a mercados externos, como a promoção da cerveja brasileira em feiras e eventos e capacitação das cervejarias para exportação.
A Câmara da Cerveja será composta por representantes do setor como a Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). A Associação de Cervejeiros Artesanais (Acerva Nacional) também faz parte do grupo, representando os produtores caseiros.
A ministra Tereza Cristina reforçou na primeira reunião que o governo pretende dar atenção às pequenas cervejarias:
“Precisamos agora consolidar os cervejeiros artesanais, as pequenas cervejarias, facilitando a vida deles. Vocês não são concorrentes, vocês são complementares”.
Tereza Cristina, Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Carlo Lapolli, presidente da Abracerva, acredita que a Câmara da Cerveja é um passo importante para o setor. A Abracerva já incentivava a criação deste grupo há dois anos:
“Acreditamos que o diálogo permanente, franco e aberto entre todos os envolvidos é fundamental para o crescimento do segmento. Desde os cervejeiros caseiros, das pequenas às grandes multinacionais, os produtores de lúpulos, insumos, embalagens e órgãos como Sebrae e Apex, todos estarão representados no grupo, em busca de um único objetivo: um cenário regulatório e fiscal mais favorável aos empreendedores”
Carlo Lapolli, presidente da Abracerva
Nos Estados Unidos, as cervejarias artesanais movimentam US$ 27 bilhões por ano, segundo dados divulgados pelo Ministério. O setor cervejeiro brasileiro já é o terceiro maior do mundo, com mais de 1.190 empresas registradas e produção de 14 bilhões de litros por ano. A produção representa cerca de 2% do PIB (Produto Interno Bruto), com faturamento de R$ 100 bilhões por ano e geração de 2,7 milhões de empregos.