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Caramel Ipa e o filme Paraíso Perdido são as dicas da coluna desta sexta-feira - Foto: Montagem com Divulgação/Vitrine Filmes/Netflix e Gleison Barreto Salin/Cerveja e Gastronomia
Cinema no Cerveja e Gastronomia

Cinema: Paraíso Perdido

Em dias em que se discute como lidar com as minorias, o filme Paraíso Perdido mostra uma realidade que muitas vezes é mal interpretada, julgada, mas que poderia ser resolvida com amor e perdão – característica básica de qualquer ser humano! O filme nacional, que está no catálogo da Netflix, é a dica desta semana da coluna de cinema do blog Cerveja e Gastronomia.

Cabaré que leva o nome do filme, Paraíso Perdido, é palco das principais histórias - Foto: Divulgação/Vitrine Filmes/Netflix
Cabaré que leva o nome do filme, Paraíso Perdido, é palco das principais histórias – Foto: Divulgação/Vitrine Filmes/Netflix

Paraíso Perdido é um filme dirigido por Monique Gardenberg, que também fez “Ó, Paí Ó”. Dos cinemas direto para a plataforma de streaming da Netflix, o filme “Paraíso Perdido” marca o retorno da diretora às telonas.

Na história, o que chama a atenção primeiro é como as minorias se encontram e convivem no cabaré que tem o mesmo nome do filme. É lá que boa parte da ação acontece e onde os personagens se interagem.

Uma das cenas mais interessantes é da cantora Ímã, homossexual que é vítima frequente de ataques homofóbicos na porta do cabaré. No filme, ela passa a ser vigiada e protegida por um policial civil contratado pelo avô. Ela não sabe que a mãe do policial é surda, e conversa com a prima durante uma performance, usando a língua dos sinais. O policial, claro, entende a mensagem e a partir daí passa a compreendê-la melhor. A cena, em si, é brilhante (e minha preferida de todo o filme), ao misturar os movimentos das libras com a dança necessária para a performance no palco.

Aliás, o roteiro reserva para cada minoria um momento de destaque. Da história da presidiária, do idoso, passando por vários problemas como o racismo, homofobia e violência doméstica – todos têm o seu momento e sua importância na história.

Aliás, ao mesmo em que este é um ponto forte do filme, a resolução dessa trama também é um dos pontos fracos. Em cerca de cinco minutos todas as relações são explicadas e unificadas – o que achei um pouco acelerado.

O elenco é de primeira e tem até Erasmo Carlos, no papel do patriarca da família e dono do cabaré Paraíso Perdido. Entre os destaques, Lee Taylor, no papel do policial que quase nunca sorri, e Jaloo, que faz a cantora Ímã.

Erasmo Carlos faz parte do elenco do filme Paraíso Perdido - Foto: Divulgação/Vitrine Filmes/Netflix
Erasmo Carlos faz parte do elenco do filme Paraíso Perdido – Foto: Divulgação/Vitrine Filmes/Netflix

Outro ponto forte é a trilha sonora. Assinada por Zeca Baleiro, a trilha tem uma sequência de canções bem escolhidas e  ainda ajuda a compor a história. A tradução de “You’re So Vain”, para o português ficou muito legal, tanto na letra, quanto na performance (tem um trechinho no trailer!).

Paraíso Perdido é, acima de tudo, um filme sobre amor e perdão. É uma história simples, contada com muito charme e muita música, mostrando que cada um tem o seu valor, por mais que às vezes se sinta ignorado pelas ruas, pela sociedade ou pela própria família. O espaço do cabaré é um espaço livre, onde não há julgamentos, mas há sempre escolhas.

Veja o trailer do filme Paraíso Perdido, que está em cartaz na Netflix:

O que beber?

No início deste mês participei da 1ª BH Oktoberfest, em Belo Horizonte. Chegando lá fiquei muito feliz com a união dos cervejeiros da Zona da Mata, região de Minas Gerais mais próxima ao Rio de Janeiro. Foram vários stands unificados, com cervejas deliciosas e muito bem feitas.

Gostei demais da Pilsen produzida pela Viçosa Bier e da Passiflora Session Ipa, cerveja mais amarga que leva maracujá na receita e que também é produzida por eles.

Mas a minha grande paixão no festival foi a Cervejaria São Bartolomeu. A começar pelo mascote, este porquinho simpático que estampa cardápios e copos.

Cervejaria São Bartolomeu é uma cervejaria da zona da mata, em Minas Gerais - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja e Gastronomia
Cervejaria São Bartolomeu é uma cervejaria da zona da mata, em Minas Gerais – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja e Gastronomia

A cerveja que eu curti bastante produzida por eles (e que é a dica de hoje da coluna de cinema) é a Caramel Ipa, uma India Pale Ale bem amarga (tem 52 de IBU – não sabe o que é isso? Veja o post aqui!), alcoólica (7%!) e ao mesmo tempo muito equilibrada na boca, graças ao uso do malte caramelizado.

Caramel Ipa é uma cerveja com alto amargor, mas que se equilibra na boca com o dulçor do malte caramelo - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja e Gastronomia
Caramel Ipa é uma cerveja com alto amargor, mas que se equilibra na boca com o dulçor do malte caramelo – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja e Gastronomia

É esse malte que traz uma cor vermelho escuro para a cerveja. Com boa formação de espuma, a cerveja vai muito bem com frituras que pedem um pouco mais de malte (bolinhos, coxinha, etc.) e salgados em geral.

Fica muito bem também na alta gastronomia com diversas versões de joelho de porco – pelo álcool que contrasta, quanto pelo amargor. No hambúrguer fica uma delícia, assim como em porções bem alemãs como linguiça e batata, por exemplo. Neste post especial a gente mostra que tipo de comida combina bem com a India Pale Ale, cerveja do mesmo estilo da Caramel Ipa.


Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.

E o que você achou deste filme e da cerveja? Escreva aqui nos comentários e compartilhe sua opinião com a gente!

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