Muita gente associa o consumo de cerveja ao aumento de barriga e a uma vida sem saúde, mas isso não é verdade. Muitas pesquisas comprovam que a cerveja possui qualidades que podem inclusive fazer você viver mais. Mas é claro que tem algumas dicas. Confira na reportagem!
É importante, primeiro, conhecer algumas características da cerveja. A bebida milenar tem baixa concentração de açúcar e de sódio, não contém gorduras e possui de 20% a 40% da necessidade diárias de várias vitaminas do complexo B.
Aliás, anote aí a primeira dica: a cerveja que possui mais vitamina B9 (conhecida como ácido fólico) é a cerveja Weiss, de preferência a versão não-filtrada.
Além disso, possui também muitos minerais como fósforo, potássio e magnésio, tornando a cerveja uma ótima bebida isotônica. Até seria uma boa forma de reposição para atletas, depois do exercício, não fosse o álcool, não é verdade?
Um artigo científico de 2002 da revista Molecular Cancer Therapeutics comprovou que, por causa dos lúpulos, a cerveja tem propriedades antimicrobianas, antioxidantes, anti-inflamatórias, anticancerígenas e de controle da osteoporose. Não é à toa que os gregos, romanos e árabes usavam o lúpulo como medicamento desde a antiguidade.
Para as mulheres, uma dica especial: o consumo de cerveja ajuda a deixar ainda mais bonitos os cabelos e a pele. É que a cerveja tem boa quantidade de vitamina B5 (ácido pantôtenico) e de Niacina, que ajuda na formação de colágeno.
Quantidades Moderadas
Você deve estar pensando “nossa, com tanta qualidade, vou beber cerveja o dia todo a partir de agora”. Aí é que você se engana. Esses benefícios só aparecem quando o consumo de cerveja é moderado e contínuo. Então não adianta beber uma latinha todo dia, chegar no fim de semana e beber um engradado. Isso não é saudável.
As pesquisas mais recentes mostram que a ingestão diária deve ser de dois copos (cerca de 300ml) por dia. A dose pode ser um pouco maior para os homens, chegando até os 500ml. Esse consumo moderado de álcool mostrou, em um estudo conhecido por “Estudo Mônica“, que o risco de doença cardíaca em homens reduziu em 49% e o risco de morte durante o exame em 41%. Em mulheres o risco de infarto diminui ainda mais: 54%.
O último estudo publicado sobre o assunto, feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia e divulgado em fevereiro deste ano, mostra que quem bebe quantidades moderadas de álcool (cerveja ou vinho) e café, vive mais do que quem não bebe nenhum dos dois. De acordo com a pesquisa, a dose de dois copos de cerveja ou vinho diária está associada a um aumento da longevidade em 18%. A pesquisa também descobriu que exercícios regulares, atividades sociais e um pouco de peso extra depois dos 70 anos, garante maior longevidade.
Qualquer cerveja serve? Não, de acordo com a nutricionista Ingryd Moura. Ela acredita que as cervejas artesanais são menos nocivas para o organismo, por serem puro malte, sem aditivos ou corantes. Com isso, ajudam o organismo a aproveitar melhor os benefícios da bebida. Ela lembra ainda que a cerveja sem glúten é uma boa opção para quem é celíaco ou intolerante ao glúten. E reforça a questão do limite na quantidade de consumo da bebida, principalmente para quem está em dietas de controle de peso.