Minha paixão por cervejas começou em 2007. Na época – olha que ironia! – eu não gostava de cervejas porque achava o sabor muito amargo. Não conseguia entender como as pessoas podiam passar horas bebendo aquele líquido extremamente gelado e amargo.
Naquele ano, uma amiga (que já era uma das fundadoras da Confece, a Confraria Feminina de Cervejas) estava estudando esse mundo das cervejas artesanais e descobriu uma cerveja que ela acreditava que eu gostaria de experimentar. Foi assim que eu conheci a Colorado Appia, a primeira cerveja que tomei e gostei na vida.
Não era uma cerveja amarga. A espuma era saborosa. A cor era linda. E o principal: eu gostei. Passou a ser a minha cerveja preferida e ao mesmo tempo, porta de entrada para outras experiências.
Foi assim que comecei a provar outras cervejas de trigo, acrescentando e tirando sabores da minha lista de preferidas, e evoluindo meu paladar.
Em 2015 fiz o curso de Sommelier, certificado pela Doemens Akademie. O estudo mais aprofundado me permitiu conhecer mais sobre a enorme diversidade de estilos e possibilidades de harmonizações. E, a cada experiência, fui aprendendo também sobre a responsabilidade em trabalhar com bebidas alcóolicas. Afinal, tudo tem limite e em se tratando de álcool, os excessos afetam a saúde e a vida de quem consome de forma errada.
Hoje gosto muito das cervejas ácidas e das IPAs. Gosto também das cervejas escuras, tipo brown ale ou stout e se me perguntarem qual escola cervejeira está mais próxima do meu gosto, eu diria que é a escola britânica. Para cozinhar, uso muito as red ales, as wits e as dunkels. Todas essas conclusões são pessoais. Cheguei até elas depois de experimentar muito. E como toda opinião, eu também mudo de ideia com o passar do tempo e com novas experiências.
É isso que me proponho aqui no site. Fazer experiências que envolvam cerveja e gastronomia para que você possa provar e ter sua opinião sobre cada combinação. Com informação você poderá escolher melhor o que bebe e aproveitar ainda mais a experiência da cerveja artesanal. Assim como eu tive, em 2007, uma experiência que mudou a minha vida, quem sabe isso também não pode acontecer com você? Um brinde ao novo!